segunda-feira, 29 de junho de 2009

Venham as Eleições

O PSD tem de agradecer o papel de oposição ao Governo que tem assumido, nos últimos tempos, Cavaco Silva, Presidente da República. Veja-se, por exemplo, o suspense gerado e criado em torno da marcação da data das Eleições Legislativas…
Cavaco teve o bom senso de saber respeitar a vontade e os argumentos da maioria dos partidos políticos, em detrimento do seu próprio desejo, despindo a veste do PSD, pese embora, em notório contragosto. Mas, outra hipótese não haveria, pois acentuaria ainda mais um conflito latente com o Governo, perceptível aliás na maioria dos cidadãos. Desta feita, Cavaco não pôde fazer o jeito à sua grande amiga e conpagnon de route Manuela Ferreira Leite que, assim, vai ter que disputar as Eleições Autárquicas e as Eleições Legislativas, dois actos bem distintos, em datas diferentes, pese embora, próximas, como já havia escrito neste blog.
Cumpre-se, deste modo, o meu desejo pessoal, outra coisa, pela natureza da matéria em questão, não seria de esperar…

Habemus Provedor de Justiça

Enfim, após longa demora, brotou da chaminé o tão desejado fumo branco, e, portanto, habemus Provedor de Justiça. In extremis, Alfredo José de Sousa, antigo presidente do Tribunal de Contas, é o nome que espelha o consenso gerado entre PS e PSD.
Ao fim de um ano após Nascimento Rodrigues ter abandonado o cargo, só agora e muito por culpa da intransigência do PSD em relação a Jorge Miranda foi possível chegar a este enorme impasse. Foi tempo de mais sem solução, sem se ter chegado a um consenso nesta matéria, para prejuízo dos cidadãos, sendo que, não percebi os argumentos pelos quais o Prof. Jorge Miranda, na perspectiva de Manuela Ferreira Leite e do PSD, não possuiria as qualidades nem o perfil adequado para o exercício do cargo.
No entanto, como águas passadas não movem moinhos, valha-nos o consenso obtido em trono de Alfredo José de Sousa, o novo Provedor de Justiça, ao qual almejo os maiores sucessos na sua nova função.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Última Homenagem a Michael Jackson

O Mundo, em especial, o da Música vive hoje um dos seus dias mais tristes devido ao desaparecimento prematuro de um dos seus maiores expoentes ao nível artístico. A consternação pela morte de Michael Jackson, inesperada e sem aviso prévio, deixou o mundo e os inúmeros fãs deste ícone global incrédulos e estupefactos.
Jackson pelo que fez e conquistou no mundo da música, pelos inúmeros êxitos que compôs e legou, verdadeiros e enormes sucessos de vendas que obteve, tornou-se assumidamente e justamente no King of Pop, aclamado por várias gerações.
Michael Jackson partiu do mundo dos vivos cedo demais, onde teria mais algo a acrescentar à sua brilhante carreira, contudo, por direito próprio, garantiu um lugar no Olimpo da Música ao lado de outras super-estrelas que, tal como ele, influenciaram-na incomensuravelmente. Por isso, coloco-o no mesmo patamar dos Beatles e de Elvia Priesley.
Aos 50 anos de idade, em vésperas de promover 50 concertos na O2 Arena, em Londres, que se encontravam esgotados, a morte de Michael Jackson não permitiu que assistíssemos ao renascer de uma estrela ímpar e incontornável.
O Primor da Política, espaço primordialmente vocacionado para a reflexão de questões políticas, abre aqui uma justificada excepção, para prestar uma última e justa homenagem ao King of Pop.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

sábado, 20 de junho de 2009

Reflexão do dia

Sócrates anunciou a posteriori da derrota do PS nas eleições Europeias que o seu Governo até ao final do mandato iria manter o rumo traçado no que à governação diz respeito. Em tempo útil manifestei o meu acordo com esta visão, por uma razão maior e que se prende com o facto de as eleições Legislativas se encontrarem a apenas três escassos meses de distância. O tempo para mudanças ao nível de políticas é deveras curto para inversões e voltar atrás, bem como para viragens de rumo. Aliás, julgo que, se mudanças de orientação houvesse, teriam o condão de serem improcedentes face às reformas que foram executadas (bem ou mal). Se algo falhou, a meu ver, no decurso do mandato, foi a incapacidade de comunicação e diálogo com os diversos sectores abrangidos sobre as políticas e as reformas que foram sendo implementadas, assim como a sua plena justificação. Mesmo tendo esta opinião parece que seria exagerado neste momento a mudança de rumo, conforme é reivindicado por todos os partidos da oposição, da esquerda à direita.
A contrario sensu, o que seria, caso Sócrates e o Governo inflectissem por completo nas suas políticas? Respondendo a mim próprio, não deixando que a dúvida paire por muito tempo na mente, afianço com convicção que a oposição iria criticar na mesma, porventura aduzindo o argumento que se trataria de mera operação cosmética.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A propósito das próximas eleições


O debate político tem-se centrado ultimamente, ultrapassadas que estão as eleições europeias, na pergunta retórica se as eleições autárquicas e legislativas devem ser realizadas no mesmo dia. Pessoalmente, julgo que, meras razões economicistas não devem de maneira alguma prevalecer, ainda que num contexto de crise como aquela que vivemos, face às regras do jogo democrático. É uma questão de princípio. Ainda que alguns a advoguem e encarem como possibilidade, o seu fundamento baseado na via economicista torna-se injustificável. De mais a mais, actos eleitorais cuja índole é deveras diversa, devem ter lugar em tempos distintos. Uma coisa são as eleições para a Assembleia da República, cuja marcação da data compete ao Presidente da República, outra bem diferente são as eleições para as Autarquias Locais, da competência do Governo. Uma coisa são questõs locais, a ser derimidas nas Autárquicas, outra muita diversa são as questões nacionais, a serem debatidas no palco das Legislativas.
Muito embora a elevada especulação em torno desta questão, o bom senso, entre os dois órgãos de soberania (PR e Governo) prevalecerá, pois, enfatizo que ambas as eleições serão disputadas em momentos temporais distintos, se bem que relativamente próximas nas datas, pela ordem que acima indiquei. Bem sei que ao PSD e à Dr.ª Manuela Ferreira Leite daria um grande jeito que ambos os actos eleitorais fossem disputados no mesmo dia, ou que nessa impossibilidade se realizassem primeiro as eleições autárquicas...
Portanto, a ver vamos!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Regresso...

Não obstante nos últimos dias ter estado arredado da actividade bloguista, espaço temporal ao qual dediquei por inteiro ao gozo de umas merecidas e necessárias férias para retemperar forças e dinâmicas, regresso com o mesmo espírito de sempre e que pretendo dar continuidade, pois o caminho faz-se caminhando…

terça-feira, 9 de junho de 2009

Rescaldo em torno das Europeias


Em Democracia, como é sabido, somente existem dois resultados eleitorais possíveis: vitória ou derrota. Assim sendo, quero neste post, imbuído de um grande espírito e respeito democrático pelo qual procuro nortear todos os dias a minha conduta enquanto cidadão, dar os parabéns ao partido vencedor das últimas eleições europeias, o PSD, bem como ao seu cabeça de lista, Paulo Rangel.
Confesso que, não estava nada à espera deste desfecho. As sondagens não o apontavam. O PSD nada fez para tal, refugiando-se num discurso inócuo e vazio sobre o projecto europeu, ao contrário do PS e de Vital Moreira que, diga-se em abono da verdade e partidarismos à parte, foram os únicos que centraram a sua campanha com um discurso virado para a Europa com propostas e ideias concretas sobre a mesma. Uma visão para a Europa teve Vital, o PS e a JS. Do PSD nada. O PSD e Rangel estiveram sempre sentados a assobia para ao ar, a aguardar que da bananeira caísse a banana, sem mover o que quer que fosse. Sem esperar, com surpresa e estupefacção, após o crivo dos votos, o PSD e os seus “generais”, até ai escondidos nos bunkers da Lapa, apressaram-se a aparecer, a reivindicar como sua uma vitória para a qual muito pouco ou nada contribuíram.
Deram-se vivas à estratégia do silêncio, à notável capacidade de previsão da líder Manuela Ferreira Leite. Enfim, de besta passou a ser bestial. Como as coisas mudam em tão pouco tempo...
Pese embora, as Europeias sejam um fenómeno político à parte, em que a sua real importância é ainda incompreensível para a maioria dos cidadãos, uma vez que os partidos da oposição se limitam a fazer destas eleições uma voz de protesto relativa à política nacional e não europeia, mas com esse falso pressuposto aproveitam para eleger eles os seus deputados ao Parlamento Europeu, sem o povo se aperceber.
Sócrates tem razão quando diz que é preciso manter o rumo. Não duvido disso. A tempestade da crise financeira e económica mundial que atravessamos impõe que o Governo a combata, com as reformas e as medidas necessárias e tendentes a menorizar os fortes impactos que está a ter no nosso país, fruto das políticas neoliberais praticadas pela Direita, veja-se onde tudo começou e quem são os responsáveis e apure-se a verdade dos factos, não recorrendo ao velho truque de atirar areia para os olhos para induzir em erro. Nas eleições Europeias esse truque surtiu efeito. Aquando estivermos a discutir a governabilidade do país, e a avaliação do mandato de Sócrates e do PS, convicto estou que os cidadãos não pensarão duas vezes. O PSD espelhado no passado recente e tortuoso de Ferreira Leite não é solução, todos sabemos. PCP e BE, devem unicamente a sua existência ao facto de serem partidos anti-poder que, se algum dia lá chegarem tornam-se num epifenómeno tal qual o extinto PRD. O CDS de Portas é mais do mesmo.
Olhando à volta, vemos que a solução é o PS. A solução para as Legislativas e para Primeiro-Ministro é só uma e chama-se: José Sócrates.