terça-feira, 9 de junho de 2009

Rescaldo em torno das Europeias


Em Democracia, como é sabido, somente existem dois resultados eleitorais possíveis: vitória ou derrota. Assim sendo, quero neste post, imbuído de um grande espírito e respeito democrático pelo qual procuro nortear todos os dias a minha conduta enquanto cidadão, dar os parabéns ao partido vencedor das últimas eleições europeias, o PSD, bem como ao seu cabeça de lista, Paulo Rangel.
Confesso que, não estava nada à espera deste desfecho. As sondagens não o apontavam. O PSD nada fez para tal, refugiando-se num discurso inócuo e vazio sobre o projecto europeu, ao contrário do PS e de Vital Moreira que, diga-se em abono da verdade e partidarismos à parte, foram os únicos que centraram a sua campanha com um discurso virado para a Europa com propostas e ideias concretas sobre a mesma. Uma visão para a Europa teve Vital, o PS e a JS. Do PSD nada. O PSD e Rangel estiveram sempre sentados a assobia para ao ar, a aguardar que da bananeira caísse a banana, sem mover o que quer que fosse. Sem esperar, com surpresa e estupefacção, após o crivo dos votos, o PSD e os seus “generais”, até ai escondidos nos bunkers da Lapa, apressaram-se a aparecer, a reivindicar como sua uma vitória para a qual muito pouco ou nada contribuíram.
Deram-se vivas à estratégia do silêncio, à notável capacidade de previsão da líder Manuela Ferreira Leite. Enfim, de besta passou a ser bestial. Como as coisas mudam em tão pouco tempo...
Pese embora, as Europeias sejam um fenómeno político à parte, em que a sua real importância é ainda incompreensível para a maioria dos cidadãos, uma vez que os partidos da oposição se limitam a fazer destas eleições uma voz de protesto relativa à política nacional e não europeia, mas com esse falso pressuposto aproveitam para eleger eles os seus deputados ao Parlamento Europeu, sem o povo se aperceber.
Sócrates tem razão quando diz que é preciso manter o rumo. Não duvido disso. A tempestade da crise financeira e económica mundial que atravessamos impõe que o Governo a combata, com as reformas e as medidas necessárias e tendentes a menorizar os fortes impactos que está a ter no nosso país, fruto das políticas neoliberais praticadas pela Direita, veja-se onde tudo começou e quem são os responsáveis e apure-se a verdade dos factos, não recorrendo ao velho truque de atirar areia para os olhos para induzir em erro. Nas eleições Europeias esse truque surtiu efeito. Aquando estivermos a discutir a governabilidade do país, e a avaliação do mandato de Sócrates e do PS, convicto estou que os cidadãos não pensarão duas vezes. O PSD espelhado no passado recente e tortuoso de Ferreira Leite não é solução, todos sabemos. PCP e BE, devem unicamente a sua existência ao facto de serem partidos anti-poder que, se algum dia lá chegarem tornam-se num epifenómeno tal qual o extinto PRD. O CDS de Portas é mais do mesmo.
Olhando à volta, vemos que a solução é o PS. A solução para as Legislativas e para Primeiro-Ministro é só uma e chama-se: José Sócrates.

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