35 anos encontram-se volvidos sobre aquela memorável e indelével manhã do dia 25 de Abril de 1974 que, devido a audácia, à coragem e à destreza de um punhado de jovens Capitães, angustiados pelo status quo em que vigorava o país, mergulhado numa imensa, longa e mortífera Guerra Colonial, decidiram por cobro a um regime ditatorial, com código genético fascista, que perdurou 48 árduos anos. O Estado Novo, criado por Salazar, foi um período negro da História de Portugal, atravessado pelo cinzentismo, pela perseguição, pela tortura praticada pela PIDE, pela censura castradora da liberdade de expressão, pelas prisões políticas que amordaçavam quem tinha um ponto de vista contrário ao apregoado pelo regime, pelo culto do chefe, etc. A ditadura de Salazar ainda hoje é, sobremaneira, responsável pelo atraso em termos de desenvolvimento do nosso país. Este foi o maior legado que nos deixou, uma enorme divida que sobre nós ainda paira.
Precisamente sobre isto é que enquanto cidadão, dirigente político, porque tenho memória e não esqueço o passado, pese embora não o tenha vivido, por não ter nascido nessa altura (ainda bem, digo), desde algum tempo a esta parte tenho promovido em conjunto com alguns amigos que tive a grande alegria e o imenso prazer de conhecer, verdadeiros heróis da Revolução dos Cravos, iniciativas que ilustram bem o que Abril nos trouxe de bom e que cabe a nós, jovens, velar.
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